Este artigo visa levantar alguns pontos sobre o que
são os PCNs, partindo do pressuposto da evolução histórica, onde vemos que a
Educação Brasileira não é fácil de ser estudada e compreendida devido as
rupturas marcantes e seu caráter social secundário. Os jesuítas chegaram ao
Brasil e trouxeram não somente a moral, costumes e a religiosidade europeia.
Desde o período colonial ocorrem mudanças, que visam
à adequação à realidade social e política, do indivíduo, esta adequação evoluiu
até o que hoje está ancorado nos PCNs, criados em 1996.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), são um
conjunto de referências que tem por finalidade nortear o trabalho pedagógico e
incentivar a aprendizagem nas escolas da rede pública e rede privada, levando em
conta a localidade onde a comunidade escolar está inserida, eles buscam
orientar em diversas áreas da educação como: (Língua portuguesa, Matemática,
Ciências Naturais, Geografia, História, Arte, Educação Física e Língua
Estrangeira), além de abordar também os temas transversais que investigam valores
visando á democracia e cidadania, e podem ser trabalhados em todas as áreas do
conhecimento.
Os PCNs foram
desenvolvidos para que o indivíduo compreenda o que é cidadania, ética e
inserção social, para que desenvolva hábitos de convivência social, respeitando
o meio ambiente, e adquiram habilidades a partir da utilização de diversos
instrumentos linguísticos, como musical, verbal, não verbal e corporal.
Com a abordagem dos PCNs, o educador pode
desenvolver métodos comuns a todos os gêneros de investigação científico-educacional,
e pode recorrer a técnicas mais ou menos elaboradas e dominar situações
realizadas através de experiências, avaliando os resultados das modificações nos
processos e nas técnicas utilizadas em seu espaço escolar, sem deixar de levar
em conta o processo de ensino aprendizagem que visa a ampliação das
competências do aluno.
Porém, não é isso que encontramos nas escolas
públicas, devido às discrepâncias entre teoria e prática, onde o educador não
dispõe de meios para executar sua tarefa básica que é o ensino, e ele acaba por
transformar este conhecimento completamente descontextualizado com a realidade
do aluno, e estabelece uma relação fadada ao fracasso, ou por parte do educador
ou pelo educando.
Segundo Dewey (apud
Schön, 2000) o ensino deve ser avaliado através de reflexões situadas com o
conhecimento do aluno, sempre a partir do seu conhecimento prévio para uma
melhor absorção dos conteúdos teóricos e práticos aplicados, para que este
conhecimento se construa de forma concisa e não fique somente no ambiente
escolar e sim penetrado em sua vida.
Ele tem que enxergar por si
próprio e à sua maneira, as relações entre meios e métodos empregados e
resultados atingidos. Ninguém mais pode ver por ele, e ele não poderá ver
apenas ‘falando-se’ a ele, mesmo que o falar correto possa guiar seu olhar e
ajudá-lo a ver o que ele precisa ver. (DEWEY apud SCHÖN, 2000, p.25).
Segundo Travaglia (1996), ensinar à gramática é
importante, porém é bom avaliar o modo como ensinamos. Neste blog trabalharemos
com a interdisciplinaridade entre as disciplinas: Infanto-Juvenil, Ética,
Literatura de língua inglesa, literatura Brasileira e Língua Portuguesa, a fim
de observarmos a língua em seu processo de uso não somente vista através da
gramática, mas contextualizada de forma que obtenha resultados significativos
ao usuário.
Dessa forma é possível afirmar que este é o caminho para
uma educação qualitativa, se começarmos a reavaliar como e quando aplicar
conteúdos para reflexão e compreensão da concepção do uso da língua, somente
assim estabelecermos um aprendizado realmente conciso e fundamental para vida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Artigo – Abordagens de ensino de gramática no nível
médio – Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste-cascavel-PR).
GUIMARÃES, José Luiz. Desigualdades regionais na educação: a
municipalização do ensino em São Paulo. São Paulo: Editora da
Universidade Estadual Paulista, 1995.
Parâmetros Curriculares Nacionais:
Terceiro e quarto ciclos do ensino
fundamental – língua portuguesa
(1997).
SCHÖN, D.A. Educando o Profissional
Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Trad. Roberto
Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000, 256p.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos.
Gramática e interação: Uma proposta para
o ensino de gramática no1 e 2 graus. São Paulo, Cortez, 1996.
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