sexta-feira, 14 de junho de 2013

ARTIGO - Algumas considerações sobre o PCN.

Este artigo visa levantar alguns pontos sobre o que são os PCNs, partindo do pressuposto da evolução histórica, onde vemos que a Educação Brasileira não é fácil de ser estudada e compreendida devido as rupturas marcantes e seu caráter social secundário. Os jesuítas chegaram ao Brasil e trouxeram não somente a moral, costumes e a religiosidade europeia.
Desde o período colonial ocorrem mudanças, que visam à adequação à realidade social e política, do indivíduo, esta adequação evoluiu até o que hoje está ancorado nos PCNs, criados em 1996.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), são um conjunto de referências que tem por finalidade nortear o trabalho pedagógico e incentivar a aprendizagem nas escolas da rede pública e rede privada, levando em conta a localidade onde a comunidade escolar está inserida, eles buscam orientar em diversas áreas da educação como: (Língua portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, Geografia, História, Arte, Educação Física e Língua Estrangeira), além de abordar também os temas transversais que investigam valores visando á democracia e cidadania, e podem ser trabalhados em todas as áreas do conhecimento.
 Os PCNs foram desenvolvidos para que o indivíduo compreenda o que é cidadania, ética e inserção social, para que desenvolva hábitos de convivência social, respeitando o meio ambiente, e adquiram habilidades a partir da utilização de diversos instrumentos linguísticos, como musical, verbal, não verbal e corporal.
Com a abordagem dos PCNs, o educador pode desenvolver métodos comuns a todos os gêneros de investigação científico-educacional, e pode recorrer a técnicas mais ou menos elaboradas e dominar situações realizadas através de experiências, avaliando os resultados das modificações nos processos e nas técnicas utilizadas em seu espaço escolar, sem deixar de levar em conta o processo de ensino aprendizagem que visa a ampliação das competências do aluno.
 Porém, não é isso que encontramos nas escolas públicas, devido às discrepâncias entre teoria e prática, onde o educador não dispõe de meios para executar sua tarefa básica que é o ensino, e ele acaba por transformar este conhecimento completamente descontextualizado com a realidade do aluno, e estabelece uma relação fadada ao fracasso, ou por parte do educador ou pelo educando.
Segundo Dewey (apud Schön, 2000) o ensino deve ser avaliado através de reflexões situadas com o conhecimento do aluno, sempre a partir do seu conhecimento prévio para uma melhor absorção dos conteúdos teóricos e práticos aplicados, para que este conhecimento se construa de forma concisa e não fique somente no ambiente escolar e sim penetrado em sua vida.
Ele tem que enxergar por si próprio e à sua maneira, as relações entre meios e métodos empregados e resultados atingidos. Ninguém mais pode ver por ele, e ele não poderá ver apenas ‘falando-se’ a ele, mesmo que o falar correto possa guiar seu olhar e ajudá-lo a ver o que ele precisa ver. (DEWEY apud SCHÖN, 2000, p.25).

Segundo Travaglia (1996), ensinar à gramática é importante, porém é bom avaliar o modo como ensinamos. Neste blog trabalharemos com a interdisciplinaridade entre as disciplinas: Infanto-Juvenil, Ética, Literatura de língua inglesa, literatura Brasileira e Língua Portuguesa, a fim de observarmos a língua em seu processo de uso não somente vista através da gramática, mas contextualizada de forma que obtenha resultados significativos ao usuário.
Dessa forma é possível afirmar que este é o caminho para uma educação qualitativa, se começarmos a reavaliar como e quando aplicar conteúdos para reflexão e compreensão da concepção do uso da língua, somente assim estabelecermos um aprendizado realmente conciso e fundamental para vida. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:                          
Artigo – Abordagens de ensino de gramática no nível médio – Ruth Ceccon Barreiros (Unioeste-cascavel-PR).
GUIMARÃES, José Luiz. Desigualdades regionais na educação: a municipalização do ensino em São Paulo. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1995.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos do ensino fundamentallíngua portuguesa (1997).
SCHÖN, D.A. Educando o Profissional Reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Trad. Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000, 256p.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e interação: Uma proposta para o ensino de gramática no1 e 2 graus. São Paulo, Cortez, 1996.

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